terça-feira, 29 de outubro de 2013

Rumo ao Sucesso - Regra e Preconceito [duas primas MUITO próximas!]

Há pouco estava conversando com uma amiga querida que eu admiro muito, justamente pelo seu blog e pelo seu trabalho como fotógrafa. Em outra oportunidade, há um tempo, ela me disse que 'antes de se viver de um blog, você deve viver pra ele', e eu nunca me esqueci dessa frase.



Acho que ela não é importante só pra quem quer ser blogueira como eu - acho que eu já sou, né? Afinal vocês estão aqui lendo um blog onde eu escrevo -, mas pra qualquer pessoa que tenha uma ideia de negócio, um plano de trabalho, um objetivo de vida!
Começar um negócio não é nada fácil! Eu já comecei uns 3 e sei bem do que eu estou falando.
Começamos a Super, eu e a Cris, mas por motivos de força maior eu acabei deixando ela sozinha - e morro de orgulho do progresso e do aprendizado que ela teve depois disso! Amor da minha vida pra sempre!
Começamos a Amor², eu e a Flavinha. Dessa vez foi ela quem me deu uma empresa de presente! E dessa vez fui eu quem não consegui levar pra frente. O motivo exato eu não sei, mas dou uma dica pra vocês: existem pessoas para cada tipo de tarefa, e você não é obrigado a saber executar todas com excelência. O que acabou acontecendo comigo foi que, sozinha, eu não dei conta de organizar contas, receber encomendas, executar, enviar, conferir pagamentos... finanças e eu não somos muito bons amigos, sabem?
E confesso, eu não sou a pessoa mais organizada do universo, pelo contrário!
Aqui em casa tem os dois extremos: um japa todo disciplinado e organizado, e uma mistureba de italiano com negro com índio e só Deus sabe mais o que, que vive com a cabeça no mundo das ideias.
Sério, minha cabeça funciona dessa maneira mesmo: 24 horas no mundo das ideias!
Até enquanto durmo eu fico matutando nos problemas, em como solucionar minhas crises de ansiedade, em como me organizar pra conseguir cumprir todas as tarefas do meu dia, em como pagar as contas...
Aí que eu tenho notado que não sou a única nesse barco. No barco de pessoas diferentes, que ficam batendo cabeça até encontrar a maneira ideal de trabalhar em que ela possa começar a render quanto sabe que tem capacidade, e esquecer todo o resto das convenções e regras da sociedade.
Afinal, quem disse que todo mundo precisa acordar cedo pra trabalhar? Porque eu não posso trabalhar na madrugada, horário mais fresco, mais calmo... e consequentemente dormir até mais tarde no outro dia e assim começar a jornada de trabalho também mais tarde? Quem disse que tem que ter sempre regras pra tudo? Se funciona pra você, ninguém tem que julgar ou meter o bedelho!



Eu sempre fui avessa a qualquer regra e tradicionalismo. Na verdade, não qualquer regra. Mas regras que não tem fundamento, que não se explicam e que geram situações desagradáveis, preconceitos...
Já ouvi de uma pessoa bem próxima a mim que preferir a madrugada pra estudar, trabalhar, ou qualquer outra atividade 'não é normal', como se a pessoa que só consegue produzir dessa maneira fosse uma aberração, e eu tenho pavor de pessoas que consideram as outras aberrações por suposições sem fundamento.
O fato é que cada organismo funciona de uma forma, e devemos respeitá-los, porque senão vamos viver em eterno conflito, exaustos por lutar contra nós mesmos.
E a conversa com essa amiga, nesse momento, onde o marido que dá sono super cedo dorme tranquilo enquanto eu estou aqui, ligadona nos planos mirabolantes e tarefas que eu devia ter feito hoje e não fiz, me fez pensar: será que eu também não estou precisando repensar a minha rotina e meu horário de trabalho? Será que a culpa que eu fico porque fiquei na cama uma horinha a mais alguns dias em que na noite anterior empolguei com a edição do novo blog ou escrevendo um post tem fundamento? Ou não se explica como algumas das regras preconceituosas criadas pelo homem que eu tanto tenho pavor? Deus ajuda quem cedo madruga? E quem trabalha a noite, não tem a bênção de Deus?
Como a pessoa esclarecida que sou na minha crença, eu sei que pra cada época precisou-se usar uma linguagem diferente para que as pessoas respeitassem umas as outras e a Deus, mas acho que nos dias de hoje, já não cabe o 'Deus ajuda quem cedo madruga'.
Estamos na era do 'Deus ajuda quem trabalha e luta pelos seus sonhos', ou do 'Deus ajuda quem tem força de vontade de trabalha 3 turnos pra sustentar a família', ou do 'Deus ajuda quem tem amor no coração e ajuda o próximo'... pensando melhor, acho que estamos numa época do 'Deus ajuda...' personalizado - como está na moda muitos outros serviços e produtos personalizados ultimamente.
Para completar a frase, temos que levar em conta traços e características individuais de cada pessoa, seu talento, a dedicação, a vontade e principalmente os princípios de cada pessoa pra ver se Deus vai ajudá-la ou não!
Eu sei... falar é fácil! Escrever mais ainda!
E sei também que todos nós temos alguns conceitos arraigados, que mais parecem ter sido plantados na nossa cabeça sem que a gente soubesse. Eles ficam lá, e apitam como se tivesse alguma coisa errada sempre que agimos de maneira diferente do convencional.
Eu sou um exemplo vivo disso. Me culpo por acordar tarde, me culpo por não ter tido tempo ou disposição de fazer comida 'pro marido' - como se eu também não comesse - em alguns dias da semana, me culpo porque adoooro comprar e me ferro com as contas, me culpo porque eu não posso ser fraca e assumir meus sentimentos, me culpo porque acho que as pessoas esperam muito mais de mim do que eu posso oferecer...
Mas a culpa é muito pesada, gente! Ela não deixa a gente sair do lugar!
Então temos que nos livrar delas, uma a uma, como se estivéssemos soltando balões ao vento, deixar ir embora!
Vocês acham que eu, porque tô falando isso tudo pra vocês, consigo aplicar na minha vida?
Nananinanão! Não consigo! E sofro demais por isso!
Aliás, vou corrigir: AINDA não consegui, mas estou lutando pra isso!
E pensei em escrever essa série de posts enquanto eu não consigo sair da minha zona de conforto pra ver se escrevendo eu me ajudo a me entender, e de quebra ajudo vocês a se entenderem melhor também!

E aí? Estão gostando? Quem compartilha meus sentimentos?
Se quiser soltar a voz e me contar um pouquinho do seu drama, comenta ou escreve pro mila@futilmenteinteligente.com.br

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